No âmbito do projeto STAY, os parceiros tiveram o prazer de visitar vários exemplos de empreendedorismo ligados ao agroturismo na região do Alto Minho e no Parque Nacional da Peneda – Gêres, no norte de Portugal. Quer saber mais sobre estas histórias? Junte-se a nós!
A primeira paragem foi em Lindoso, onde os parceiros tiveram a oportunidade de visitar os espigueiros (ou canastros), estruturas que datam dos séculos XVIII e XIX, construídas em madeira ou pedra, que eram utilizadas para armazenar e secar o milho. Foram estrategicamente concebidos para impedir a entrada de ratos e promover o arejamento das espigas. Cada um dos espigueiros pertencia a uma família.
Os parceiros visitaram depois o Castelo de Lindoso, declarado monumento nacional em 1932, e atualmente em constante renovação e em processo de implementação de novos usos. O seu jardim interior, bem como a cafetaria adjacente, são utilizados para exposições, teatros, visitas animadas e outras atividades culturais.
A visita seguinte foi a Aldeia de Pontes. Aqui, Manuel Rodrigues e Sara Domingues estão a dar vida àquela que foi a sua aldeia natal, que ficou desabitada há mais de 15 anos. Nesta pequena aldeia, o casal já recuperou 7 casas que são agora o alojamento ideal para casais ou famílias que queiram desfrutar e relaxar num ambiente de enorme valor natural, patrimonial e sentimental. Estes estabelecimentos turísticos foram reabilitados seguindo valores de trabalho inteiramente ligados ao respeito e à conservação do património histórico e imaterial.
A ideia de Sara e Manuel é conseguir a sustentabilidade integral da aldeia e da sua envolvente. Para além da reabilitação das casas, estão a recuperar práticas agrícolas tradicionais, como a criação de vacas da raça cachena, a atividade apícola e a produção de mel artesanal.
De seguida, os membros fizeram uma paragem na adega Soalheiro, onde desfrutaram de uma breve visita guiada e de um copo do seu Alvarinho. A filosofia por detrás desta adega familiar foi muito interessante e é certamente um ótimo exemplo de compromisso com a sustentabilidade, a inovação e o desenvolvimento e revitalização locais.
A história desta adega começou em 1974, quando João António Cerdeira e os seus pais, António Esteves Ferreira e Maria Cerdeira, decidiram romper com a tradição de cultivo da região e dedicar uma parcela de terreno ao cultivo contínuo de Alvarinho. Atualmente é a terceira geração, os irmãos Maria João e António Luís, juntamente com a sua mãe Maria Palmira Cerdeira, que dão continuidade a este projeto.
Um dos aspetos mais interessantes desta adega é o seu empenho em trazer prosperidade à agricultura e à economia da região. Para tal, recorre a uma rede de produtores locais, 150 famílias de viticultores da região que constituem a totalidade do abastecimento de uvas à adega. A maioria dos membros desta equipa de produtores tem outra ocupação profissional e trabalha as suas pequenas parcelas ao fim do dia e aos fins-de-semana, ganhando um rendimento extra, mas contribuindo também para manter uma forte ligação à sua própria terra e à região.
A próxima paragem, no dia seguinte, foi à Quinta da Mata, em Ponte da Barca. Trata-se de uma quinta vinícola que se iniciou na atividade turística há 10 anos. Tem casas de diferentes tipologias, uma piscina e um jardim onde os visitantes podem relaxar com vistas espetaculares sobre as vinhas.
A última visita foi à Quinta do Olival, uma quinta convertida num complexo de instalações dedicadas ao turismo rural. Localizada em Arcos de Valdevez, oferece serviços, especialmente para famílias que procuram uma ligação direta com o campo e as paisagens das plantações de vinho e mirtilos.